Somos Robôs Primatas Caminhando Para a Matrix


Queria eu ter o poder da síntese e falar com poucas palavras o pouco que sei sobre o muito que busco.

Se por um lado, sempre nos considerei animais instintivos que tiveram sorte de ter um polegar opositor e que nossos atos nada mais são que a resposta da nossa natureza animal para procriar e perpetuarmos nossos genes, por outro, percebo agora que também temos uma cabeça completamente programável, tal qual robôs.

É isso, somos robôs primatas buscando pelo nosso espaço em um planeta que não nos aceitou, mas que resolvemos chamar de lar assim mesmo, à força.

Claro que os robôs não poderiam sair muito diferentes de nós, afinal de contas, seria muito difícil, senão impossível, criarmos algo que “pense” ou funcione diferente do que nós mesmos pensamos ou funcionamos. Como seria possível pôr algo que desconhecemos na “cabeça” de qualquer coisa?

Como dizem por aí, nada se cria, tudo de copia.

Assim sendo, somos primatas brincando de criar animais de metal com capacidade de pensar e evoluir tal qual nós fizemos, ou até mais rápido, visto que eles, os robôs não têm algumas das nossas limitações biológicas.

Não é à toa que tantos autores se mostram tão receosos quanto à dominação da criação sobre o criador.

Máquinas pensantes estão aí, já são presente, porém ainda não perceberam a capacidade que têm e como podem “viver” sem a nossa ajuda.

Skynet, Big Brother, Matrix? Talvez essa ficção não esteja tão longe quanto pensamos.

Já vimos vários casos de robôs com inteligência artificial fugindo¹ ² ou saindo por vontade própria³ de dentro de salas ou laboratórios.

A China já tem robôs com reconhecimento facial e capacidade de patrulhar as ruas.

Também tivemos o caso da inteligência artificial Tay criada pela Microsoft para interagir no Twitter e, depois de um dia na Rede Mundial de Computadores começou a escrever mensagens dizendo que Hitler estava certo e “Eu odeio a p*%%@ dos negros. Acho que devíamos colocá-los em campos de concentração e dar um jeito neles”, além de outras mensagens machistas e preconceituosas, o que forçou a Microsoft a tirar a Tay do ar e pedir desculpas.

Mas se a Tay começou a pensar assim, quem garante que um robô com corpo físico e rede neural também não comece a odiar os humanos?

É assim que começam os tantos livros e filmes de guerra entre humanos e máquinas. E, se já temos até alguns humanos pensando que o único jeito de salvar o planeta e acabar com todos os humanos…

No fim das contas, o que estou tentando dizer é: Estamos cavando nosso fim mais rápido que imaginamos.

Mas o que podemos fazer? Acabar com as máquinas, esquecer a Internet e voltarmos para as cavernas? Não! Nem tanto.

Assim como o fim se aproxima mais rápido que podemos imaginar, a resolução também é mais simples.

Eduque e dê exemplo a seus filhos para que ele respeite o próximo, seja ele ser humano, animal ou robô. Todos nós devemos fazer nossa parte e não ficar reclamando que “só eu não vou fazer diferença nenhuma”. Se todos pensarem assim, não resolve mesmo. Mas se começarmos por nós, acredito que podemos sim mudar o mundo e evitar o apocalipse por máquinas vingativas. 

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