Causa mortis
Morri.
Poderia ser poético
dizer que de amor
de saudades morri.
Pseudoprofético
Dizer que sofri
Como se não sofressem todos aqui.
Morri.
Poderia ser belo.
de uma flecha errante
do Cupido pedante
a atravessar meu peito singelo
em paixão picante
suspirando por ti
Eu vi
quando passou
bela, cheirosa, provocante
sorrindo de canto
cabelos como manto
balançando em desplante
Nem me olhava
Altiva, passava
e quando, lá na esquina
virava
toda menina
olhava de soslaio
Meu coração palpitava
como gato num balaio
se debatia, berrava.
Ansiava por ti.
Morri.
Poderia eu dizer
morri de saudades de ti.
Diz, que forma de morrer
dolorosa, bela
porém impiedosa.
Sozinho, sem ela
dama formosa
que só de ver passar
rejuvenesci.
Mas morri.
Poderia ser poético
Poderia. Mas não.
Foi patético.
Morri de burrice.
De descuido de mim.
De gordura nas veias,
sim.
Morri de infarto.
E fim.
Poderia ser poético
dizer que de amor
de saudades morri.
Pseudoprofético
Dizer que sofri
Como se não sofressem todos aqui.
Morri.
Poderia ser belo.
de uma flecha errante
do Cupido pedante
a atravessar meu peito singelo
em paixão picante
suspirando por ti
Eu vi
quando passou
bela, cheirosa, provocante
sorrindo de canto
cabelos como manto
balançando em desplante
Nem me olhava
Altiva, passava
e quando, lá na esquina
virava
toda menina
olhava de soslaio
Meu coração palpitava
como gato num balaio
se debatia, berrava.
Ansiava por ti.
Morri.
Poderia eu dizer
morri de saudades de ti.
Diz, que forma de morrer
dolorosa, bela
porém impiedosa.
Sozinho, sem ela
dama formosa
que só de ver passar
rejuvenesci.
Mas morri.
Poderia ser poético
Poderia. Mas não.
Foi patético.
Morri de burrice.
De descuido de mim.
De gordura nas veias,
sim.
Morri de infarto.
E fim.
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